quinta-feira, 22 de abril de 2010

Capítulo IX



Na misteriosa terra, Gabriel não tem amigos, é isolado do mundo. Ele mesmo escolheu isso. Preferiu sair de casa, deixando seus pais e amigos que o amavam para viver uma vida sozinha, pois achava que ninguém o entenderia.
            Na época, Gabriel tinha apenas quinze anos, tava numa fase rebelde de adolescência onde tudo o que queria fazer era se divertir e seus pais não aceitam isso. Assim ele resolveu sair de casa, isso quando ele tava de cabeça quente. Quando voltou ao seu estado normal, se viu perdido, longe de casa, numa floresta encantadora. Foi onde viveu, isolado do seu mundo, sozinho, até receber uma visita inesperada, quando completava dezoito anos.
            Três anos se passaram e Gabriel não mudou seu pensamento: “ninguém irá me aceitar do jeito que eu sou”, sempre pensava.
            Até que em um belo dia, encontra com Henrick, uma pessoa na qual nunca tinha visto e se surpreende ao ver que ele já fez uma amizade com um dos animais da floresta e que ele, que vive ali há três anos nunca conseguiu contato com ninguém.
            De começo injuriado ele sente ódio por aquele menino que acaba de ver. Depois de algumas visitas desse menino em seu território, Gabriel começa entender seus sentimentos a respeito dele. Na verdade não é ódio e sim inveja, não aquela inveja maldosa que vemos nos seres humanos e sim aquela invejosa boa, que pode nos trazer algum ensinamento ao longo do tempo.
            Quando Gabriel toma iniciativa em ir falar com Henrick, ele se vê surpreso com tal beleza que está a sua frente. Quando chega perto fica sem palavras, onde fica um silencio mortal por um tempo, até que toma iniciativa e começa uma conversa. Mas logo se vê sozinho novamente.
            Henrick logo desaparece de sua frente, o que Gabriel acha extremamente estranho e fica muito confuso. Nunca tinha visto algo parecido com isso. Encabulado, Gabriel volta para sua pequena casa, uma cabana na verdade, construída no meio daquela encantadora floresta.
            Gabriel fica pensando no que aconteceu naquela misteriosa tarde.
            - Passei três anos da minha vida sozinho, achando que isso era a vida que eu merecia. E de repente aparece um rapaz do nada e consegue mudar totalmente meu pensamento em apenas algumas frases? – diz Gabriel pensativo.

            Depois de um tempo, Gabriel se arrepende de ter deixado sua casa e seus amigos para trás. Viu que o que ele fez foi um grande erro em sua vida. Agora seu destino será passar o resto de sua vida sozinho, sem amigos, parentes e o principal: um grande amor?

            Henrick se vê cada dia mais entusiasmado em voltar para a Terra Misteriosa, assim que ele chama sua terra dos sonhos. Sente que pode fazer uma grande amizade com Gabriel, mas decide que não irá trazê-lo para o mundo real. Pois precisa de alguém no seu sonho que possa contar o que ele faz fora dele.
            Ainda preocupado com a Ellen que faz dias que não a vê, só fica no aguardo do rompimento das paredes da crisálida.
            Nesse tempo, Henrick não voltou mais a sonhar com a terra misteriosa, desde o encontro com Gabriel, o estranho nativo.

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